Luxação e Fratura de Ombro

FRATURAS
Fratura de Clavícula: É classificada em três grupos:
      Grupo 1: Fratura de terço proximal (mais rara).
      Grupo 2: Fratura do terço médio (mais frequente).
      Grupo 3: Fratura do terço  distal.
Fratura de Escápula: São raras e sua incidência entre todas as fraturas referidas é de 0,4 a 1%.
Muitas vezes o diagnóstico é tardio, pois o paciente apresenta outras lesões prioritárias para o tratamento ou as fraturas são mascaradas por lesões regionais.
Fratura do Úmero Proximal: É frequente e ocorre em cerca de 4 a 5% de toda as fraturas.
Os movimentos de rotação e elevação do braço podem estar limitadas principalmente nas fraturas não impactadas.
No exame físico pode se observar no caso das fraturas não impactadas, uma crepitação entre os fragmentos fraturados, quando se tenta mobilizar o braço.
Podem ser lesados nervo axilar, músculo-cutâneo, e o supra-escapular.
Fraturas da Diáfise do Úmero: São causadas na maioria das vezes por trauma direto e indiretamente com as mãos espalmadas.
Quando o úmero é submetido a forças de flexão, ocorrem fraturas transversas.
O nível da fratura é importante pois a ação muscular sobre os fragmentos se faz por meio de suas inserções.
LUXAÇÕES
Traumática: Causada por força violenta ( direto, queda, etc) sobre a articulação escápulo-umeral, sem lesão prévia, ocorrendo geralmente ruptura e desinserção do lado dos ligamentos gleno-umerais e da cápsula, originando a lesão de Bankart.
Atraumática: Ocorre episódios de subluxações apenas, sem qualquer fator traumático determinante. Em geral, não há ruptura das estruturas anatômicas (lábio ou cápsula).
A subluxação pode ter direção anterior, posterior e inferior. Na maioria dos casos, há associação dessas direções, constituindo instabilidade multidirecional.
Esse tipo de instabilidade pode ser voluntário ( paciente subluxa a cabeça do úmero conforme sua própria vontade ou involuntária).
A hipermobilidade de outras articulações pode ou não estar associada.
Luxação Recidivante: Ocorre em torno de 80% dos casos de luxação traumática primária e caracteriza-se por novas luxações geradas por traumatismo de menor intensidade. Em casos de extremos, não é rara a história de luxação do ombro durante o sono ou quando a pessoa leva a mão atrás da cabeça.
As luxações gleno-umerais podem ser classificadas de acordo com a sua direção, podendo ser:
Luxação anterior: mais comum, 90%, ocorre por trauma direto e violento em direção póstero-anterior sobre o ombro ou por um mecanismo de queda ao solo, acompanhado de movimento rotacional com superior em abdução e rotação externa.
Luxação posterior: ( 2% da luxações). Geralmente ocasionada por choque elétrico ou crise epilética, em que a musculatura dos rotadores externos se contrae com maior intensidade. Pode ocorrer também durante o trauma direto de direção ântero-posterior. e é na maioria das vezes associadas à fraturas.
Luxação Inferior: produzida por força violenta com o braço em abdução máxima. A cabeça do úmero se aloja na axila em posição extra-articular. O diagnostico clinico é facilitado pela atitude característica do paciente, que chega ao serviço de emergência segurando o braço em posição elevada.
Luxação Superior: neste tipo, é necessário a ocorrência concomitante de fratura do acrômio, clavícula e processo coracóide, além das tuberosidades umerais e provável lesão do manguito rotador. O efeito gravitacional do peso do braço determina  a redução da luxação.
LESÕES ASSOCIADAS
Lesão de Hill-Sachs
Essa lesão se deve à luxação anterior da cabeça do úmero, quando o braço é deslocado em abdução  e rotação externa, impactando o osso cortical pouco condensado (mole) da cabeça do úmero contra o osso cortical (duro) da cavidade glenoidal. O defeito que ocorre é do tipo afundamento.
Lesão de Bankart
É a desinserção da porção anterior da cápsula articular anterior e do lábio junto à borda da cavidade glenoidal. Ocorre na luxação escápulo-umeral anterior. Esta presente em cerca de 85% dos casos de luxação recidivante.
A lesão de Bankart invertida é a desinserção do lábio e/ou da cápsula articular na reborda posterior da cavidade glenoidal e ocorre nas luxações traumáticas posteriores.
Lesão SLAP


É a lesão anterior ou posterior do lábio superior. É a desinserção da reborda superior do lábio, local onde se insere cabeça longa do bíceps. Essa lesão está associada a graus variáveis de instabilidade do ombro e ao uso excessivo do membro superior

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