Guia de carreiras: fisioterapia


Fisioterapia esportiva e atendimento a domicílio são áreas promissoras.

Profissional deve ter empatia e estar preparado para lidar com dor de paciente.

Fisioterapia esportiva e atendimento a domicílio são duas áreas promissoras para quem pensa em trabalhar com fisioterapia, segundo Daniela Lucchesi Prado, responsável pelos atendimentos no Hospital Santa Catarina, em São Paulo.
As duas áreas têm tido crescimento na procura por profissionais. A fisioterapia esportiva se destaca pela necessidade cada vez maior dos atletas de se reabilitar de lesões. O fisioterapeuta atua diretamente no gesto motor que a pessoa pratica. “É uma área nova. Há pouca gente especializada”, disse Daniela. O atendimento a domicílio cresce com o aumento do número de idosos e tem remuneração maior, pela possibilidade de negociar direto com o paciente.
De acordo com Daniela, começam a faltar profissionais no mercado de fisioterapia em geral. “Há dois anos sobrava gente. Nesse período, foram abertos muitos concursos públicos e os profissionais se empregaram. Agora começa a faltar fisioterapeuta. O que precisa é o profissional ser valorizado, como em todas as áreas da saúde”, afirmou. O salário inicial do setor gira em torno de R$ 1.500. Já quem atende em casa pode cobrar cerca de R$ 80 por sessão. “Há previsão de melhora nos salários em médio prazo”, disse Daniela.
Segundo a fisioterapeuta, a remuneração nas áreas pública e privada é parecida, com exceção de hospitais de ponta, que pagam mais. No entanto, quem trabalha no setor público tem mais dificuldades, porque muitas vezes falta material ou os equipamentos funcionam mal. “A grande maioria dos profissionais é autônoma e tem dois trabalhos ou mais”, disse Daniela.
O fisioterapeuta trabalha na reabilitação dos pacientes. Sua função é fazer com que voltem a sua situação anterior, como andar, respirar direito e fazer movimentos. “Ele atua na lesão, independente de onde seja”, disse Daniela. O trabalho é feito com ajuda de aparelhos e equipamentos.
Especialização
Para trabalhar na área, o profissional deve gostar de pessoas, de trabalhar com as mãos, deve ter empatia e estar preparado para lidar com a dor dos pacientes. “Tem de se colocar no lugar do outro, mas ao mesmo tempo não se deixar envolver demais”, disse Daniela. O trabalho pode ser feito em hospitais públicos e particulares, consultórios e a domicílio.
A área de ortopedia é a mais conhecida da população, de acordo com Daniela, mas não é a única. Dá para se especializar em várias áreas. Uma delas é a respiratória, feita principalmente em hospitais e com pacientes de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O fisioterapeuta especializado na área cardiológica ajuda pacientes que sofreram infarto ou que têm doença coronariana.
O especialista em uroginecologia trabalha com pessoas que têm incontinência. Há ainda o atendimento a pessoas com doenças pulmonares obstrutivas crônicas, como enfisema e bronquite, e o trabalho específico com pessoas com problemas neurológicos.

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