Hérnia de Disco x Protusão Discal

O Dicionário Médico Ilustrado Dorland define a hérnia como sendo a protrusão anormal de um órgão ou outra estrutura do corpo através de um defeito ou uma abertura natural em um invólucro, cobertura, membrana, músculo ou osso. Portanto, toda hérnia é uma protrusão. Mas nem toda protrusão é uma hérnia.
Para que se constitua em hérnia, a protrusão discal deve ir além da abertura natural do invólucro, cobertura, membrana, músculo ou osso; ou rompê-lo. Essa é a diferença entre protrusão discal e hérnia de disco. Na chamada protrusão discal, o disco não rompe o anel fibroso. Na hérnia discal ocorre ruptura do anel fibroso em volta do disco intervertebral, e projeção do disco além desse anel, saindo da cavidade que o contém.
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OQUE É PROTUSÂO DISCAL?

A protusão discal é caracterizada por dor local, que é aumentada pelo tossir e espirar, pelo espasmo da musculatura paravertebral e antalgia da coluna lombar. Quando ocorre pressão nas raízes nervosas vertebrais, cria-se uma dor que se irradia pela perna. Essa compressão nervosa pode acarretar déficit de força muscular nos membros inferiores

Os sintomas mais comuns são: Parestesias (formigamento) com ou sem dor na coluna, geralmente com irradiação para membros inferiores ou superiores, podendo também afetar somente as extremidade (pés ou mãos).

O QUE É HÉRNIA DE DISCO (HÉRNIA DISCAL):

A palavra hérnia significa projeção ou saída através de uma fissura ou orifício, de uma estrutura contida. O disco intervertebral é a estrutura cartilaginosa que fica entre uma vértebra e outra da coluna vertebral.
Ele é composto de uma parte central, chamada núcleo pulposo ou liquido viscoso, de uma parte periférica composta de tecido cartilaginoso chamado anel fibroso e de uma parte superior e inferior chamado placa terminal. Portanto, a hérnia de disco é a saída do liquido pulposo através de uma fissura do seu anel fibroso.
A extrusão do núcleo pulposo pode provocar uma compressão nas raízes nervosas correspondentes a hernia de disco ou a protrusão. Esta compressão poderá causar os mais diversos sintomas.


A placa terminal fica entre o disco e a vértebra supra e subjacente. Com a degeneração destas estruturas, os líquidos poderão migrar para os corpos vertebrais. O início deste processo é chamado de Modic tipo I. Alguns autores afirmam que este processo inflamatório e degenerativo na placa terminal pode causar dores na coluna vertebral.
hernia L4-L5

TIPOS DE HÉRNIA DISCAL:


Protrusas: quando a base de implantação sobre o disco de origem é mais larga que qualquer outro diâmetro.
Extrusas: quando a base de implantação sobre o disco de origem é menor que algum dos seus outros diâmetros ou quando houver perda no contato do fragmento com o disco.
Seqüestradas: quando um fragmento migra dentro do canal, para cima, para baixo ou para o interior do forâmen.


tipos de hérnia




CAUSAS DA PROTUSÃO DISCAL:

Sofrer exposição à vibração por longo prazo combinada com levantamento de peso, ter como profissão dirigir e realizar freqüentes levantamentos são os maiores fatores de risco pra lesão da coluna lombar. Cargas compressivas repetitivas colocam a coluna em uma condição pior para sustentar cargas mais altas, aplicadas diretamente após a exposição à vibração por longo período de tempo, tal como dirigir diversas horas. (Magnusson ML, Pope ML, Wilder DG, 1996)
Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar estão:
  • Trabalho físico pesado
  • Postura de trabalho estática
  • Inclinar e girar o tronco freqüentemente
  • Levantar, empurrar e puxar pesos
  • Trabalho repetitivo
  • Vibrações
  • Psicológicos e psicossociais
(Adersson GBJ,1992)
CAUSAS DA HÉRNIA DE DISCO:
A palavra coluna já diz tudo sobre a importância desta estrutura no nosso corpo. Ela é o centro de equilíbrio do sistema musculoesquelético do ser humano. Não é à toa que muitas lesões da coluna vertebral são atribuídas ao desequilíbrio e desalinhamento desta estrutura, ou seja, a má postura.
Fatores hereditários são os que mais provocam hérnia de disco, no entanto traumas de repetição no trabalho e no esporte, traumas direto, o fumo e a idade avançada também são motivos de lesões degenerativas.
O sedentarismo é um fator determinante para dores nas costas oriundas da hérnia de disco e de outras doenças, pois as pesquisas comprovam que a atividade física qualitativa para coluna é um fator de extrema importância para melhora e prevenção das dores nas costas.
Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar estão:
Trabalho físico pesado
Postura de trabalho estática
Inclinar e girar o tronco freqüentemente
Levantar, empurrar e puxar
Trabalho repetitivo
Vibrações
Psicológicos e psicossociais (Adersson GBJ,1992).

DIAGNÓSTICO E EXAMES:

Em ambas, o diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame neurológico, o FISIOTERAPEUTA ORTOPÉDICO, também através de exame clínico e palpações bem como testes, poderá traçar e delimitar o diagnóstico, solicitando exames complementares para confirmação da extensão da lesão como: Raio-X, tomografia e ressonância magnética que ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada.

TRATAMENTO PARA PROTUSÃO DISCAL E HÉRNIA DISCAL:

 Os tratamentos para ambas são os mesmos, e são eles:
O tratamento conservador tem oferecido os melhores resultados nos indivíduos com hérnia discal lombar e protusão, embora nem todos os atingidos por esta patologia consigam constatação nos exames de imagem. O processo de reabsorção do núcleo pulposo ainda não está totalmente elucidado, merecendo futuras investigações sobre o assunto. A atividade física tem colaborado no tratamento da hérnia de disco lombar, mas ainda não estão esclarecidos, quais são especificamente os melhores exercícios para cada etapa da crise de dor (WETLER ET AL, 2004).
O método conservador consiste na imposição ao paciente de relativa à completa imobilização da região lombar em associação com diferentes metodologias auxiliares, como uso de cintos e coletes, a manipulação, o programa de atividade física, a tração, a crioterapia, a acupuntura e a prescrição de analgésicos e antiinflamatórios. O procedimento cirúrgico é outra opção disponível para o tratamento da hérnia de disco, embora sua indicação ocorra quando o curso natural do processo em questão segue uma piora significativa após o uso de medidas não agressivas. Poucos estudos existem comparando a eficácia entre os tratamentos conservador e cirúrgico. Se forem considerados os benefícios ao longo prazo, o procedimento cirúrgico não demonstra ser mais efetivo do que o conservador (NEGRELLI, 2001). 
O uso do TENS apresenta, como principal efeito, a analgesia sendo um recurso fisioterapêutico com poucos efeitos colaterais, e principalmente, boa eficácia relacionada à diminuição da percepção dolorosa e do consumo de analgésicos farmacológicos. Nas síndromes dolorosas agudas e crônicas normalmente são necessários de 25 a 30 minutos de estimulação, variando de duas a três horas, para se obter o efeito analgésico, chegando, muitas vezes, até 12 horas. Pode ser necessária uma nova aplicação. A intensidade da corrente é agradável e não gera contração muscular. Este tipo de aplicação é comumente indicado para o controle da dor. É um recurso extremamente seguro (FERREIRA, 2007). 
A iontoforese, técnica terapêutica que introduz íons nos tecidos através de corrente elétrica direta, é frequentemente usada no tratamento de condições inflamatórias músculo-esqueléticas, podendo também ser usada para efeitos analgésicos, modificação da cicatriz, cura de feridas, e no tratamento do edema, depósito de cálcio e hiper-hidrose (PRENTICE, 2002).
O laser de baixa intensidade pode ter diferentes reações na dependência do tecido com o qual ele interage. As dosimetrias devem ser revisadas para cada tipo de lesão, relacionando com a profundidade, características teciduais, estágio da lesão e condições fisiológicas dos pacientes, como idade, cor, grau de nutrição e hidratação, assim como o estado físico e imunológico do indivíduo. Diferentes modalidades de lesão podem ser tratadas pelo laser, mas a escolha do comprimento de onda deve ser pautada pelo tipo de processo sob intervenção como os processos de reparação tecidual (ORTIZ ET AL, 2001).
 O tens acupuntural (1 a 4 Hz) consiste na colocação dos eletrodos em pontos de acupuntura. O estudo foi feito em pacientes com hérnia discal lombar (L4-L5/ L5-S1) em estágio agudo, onde foi possível observar que o tens de baixa freqüência promove o alívio do quadro álgico com intensidade de melhora praticamente semelhante entre os tipos acupuntural e burst quando os parâmetros são ajustados com valores iguais. 
A termoterapia é usada quando um aumento na temperatura do tecido é o objetivo do tratamento. O benefício mais efetivo das modalidades infravermelhas talvez seja oferecer analgesia ou reduzir a sensação de dor associada à lesão. Se a principal meta do tratamento é uma elevação da temperatura nos níveis mais profundos, talvez seja mais sensato escolher uma modalidade como a diatermia ou o ultra-som, que produzem energia capaz de penetrar nos tecidos cutâneos e ser diretamente absorvida pelos tecidos profundos. 
O ultra-som também pode ser empregado como forma secundária de calor, já que seu efeito é antiflogístico reduzindo ou até mesmo eliminando a inflamação na região, podendo ser aplicado em todo o trajeto da radiculoalgia. Já o resfriamento local com gelo resulta em significativa redução do espasmo muscular (GABRIEL ET AL, 2001; PRENTICE, 2002).
OBRIGADA POR ESCOLHEREM ESTE BLOG!!!
QUAISQUER DÚVIDAS, É SÓ PERGUNTAREM QUE ESTOU A DISPOSIÇÃO,
ATÉ A PRÓXIMA!!!!


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